Eu não sento que nem homem. Eu sento que nem gente.

Gente, que ano é hoje? Cada dia que passa, eu acordo de manhã pensando que voltamos no tempo, que estamos de volta aos anos, sei lá, anos 20 ou mesmo de volta aos tempos medievais. Eu vejo na TV e nos jornais e na internet notícias que corroboram com a minha impressão. Veja bem, eu me considero uma pessoa de sorte porque fui criada num seio familiar extremamente esclarecido e, digamos, moderno. Moderno porque desde muito nova eu só tive bons exemplos de convivência humana. O que eu quero dizer com isso? Simples. Na minha casa, as empregadas domésticas (todas negras ou pardas) raramente chamavam meus pais de “Dona Roseanna” ou “Seu Créso”. Era sempre pelo 1o nome. Além disso, elas eram sempre convidadas para sentar à mesa conosco durante as refeições. Esse é apenas um exemplo. Desde pequena eu soube que meu tio era gay. E isso nunca foi um big deal. Eu acredito que, com isso, meu comportamento foi moldado com tolerância e igualdade.

Eu entendo que, num país como o Brasil, onde a grande maioria da população de baixa renda é negra, as pessoas colocaram no corpo uma armadura de preconceito generalizando que, todo negro é bandido. Eu jamais coloquei essa armadura. Talvez por isso eu tenha sido assaltada tantas vezes mais do que meus amigos. Porque eu não automaticamente assumia que aquele cara negro e mal vestido andando perto de mim tinha a intenção de me assaltar. Mas aí é que a coisa muda de figura pois, se me lembro bem, MUITAS das vezes que fui assaltada, os meliantes eram branquinhos. Uma vez foi uma cara louro de olho claro, que roubou meu mp3 player. E agora? Seria isso a desconstrução do preconceito?

Mas veja bem, meu ponto principal nem é esse. É claro que o preconceito em geral é nojento, seja por cor da pele (que eu me recuso a chamar de raça por que, gente, por favor, nossa raça é a humana e quem pensa diferente pode ir brincar no parquinho com Adolf), credo, opção sexual (outra expressão que me incomoda bastante porque, né, não é bem opcional, mas oh well), identidade de gênero (hello, 2014 gente, gênero binário está no passado) e gênero biológico.

Porém, eu acredito que role uma catarse na vida de algumas pessoas em determinado momento que faz com que seus olhos se abram. Infelizmente essa catarse ainda é um privilégio de poucos. Especialmente no que diz respeito ao machismo, sexismo e misoginia. E é alarmante como essa cultura do machismo está araigada no nosso dia a dia. Mesmo nas coisas mais simples, mais sem importancia. Por exemplo, dia desses numa loja aqui perto de casa eu vi um protetor de ouvidos em promoção. Era azul e dizia na embalagem: “Protetor de ouvidos masculino.”. Ao lado desse produto, tinha um IGUALZINHO. A mesmíssima coisa, mas era rosa. E na embalagem, dizia: “Protetor de ouvidos feminino.” Eu vi aquilo e pensei: “Mas gente, é a mesma coisa!”.

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Outro exemplo: O irmão da Lea recentemente descobriu que vai ser papai. Estavamos conversando sobre a feliz notícia e perguntamos se eles vão querer saber o gênero biológico do bebê antes do nascimento e a mãe da criança, prontamente, disse: “Mas é claro! Precisamos saber pra poder escolher a cor do quarto.”. Oi?

Eu sei que, na sociedade que vivemos hoje em dia, isso tudo é muito normal mas, gente, não é normal não! Um menino pode vestir rosa SIM e ele não vai ser menos menino por isso. Bem como uma menina pode vestir azul e ser mega feminina. Os brinquedos com os quais eles brincam não vão moldar a personalidade deles. Eu já vi pais dizendo que quarto de menino tem que ser azul porque rosa é cor de menina. E na mesma conversa, eles dizem que video-games não influenciam uma criança no que diz respeito a violência como muita gente pensa. Ora, você não está sendo coerente, amiguinho! Se um video-game ultra violento não vai fazer com que o seu filho(a) seja uma pessoa violenta, por que diabos a cor preferida dele(a) vai fazer com que ele(a) seja mais ou menos feminino(a) ou masculino(a)? A lógica é a mesma, gente!

Outro dia eu vi no Facebook um post sobre “arroz de churrasqueira”, que até se tornou meio viral porque era uma ideia muito imbecil de cozinhar arroz dentro de uma garrafa pet. Mas o que chamou minha atenção foram os comentários de muitos amigos meus dizendo como “isso só podia ser ideia de mulher mesmo”.

Eu mesma sofri muito na minha infância e adolescência com brados vindos dos meus amiguinhos e até mesmo de pessoas menos esclarecidas da família dizendo: “Você precisa colocar um vestidinho!” ou “Você cruza as pernas que nem homem!” e coisas desse tipo.

A sociedade brasileira ainda é extremamente sexista, machista e misógina. A masculinidade construída socialmente sente-se ameaçada diariamente pelas pequenas vitórias das mulheres. Pequenas porque sabe-se bem que ainda há muita estrada pela frente.

Por isso que eu sempre digo que a sociedade precisa de mais feministas. Porque em pleno 2014 menos da metade dos casos de violência doméstica são denunciados para a polícia. Porque as mulheres ainda ganham consideravelmente menos que os homens mesmo estando exercendo a mesma função. Porque mulheres que se relacionam com muitas pessoas ainda são chamadas de “piranhas” ou “safadas” ou “fáceis” mas homens que saem com muitas pessoas são pegadores, garnahões. Porque músicas como “Blurred Lines” ainda ficam no topo  das paradas musicais. Porque mulheres que não querem casar ou ter filhos ainda são consideradas fracassadas ou “ficaram pra titia”. Porque a ideia de que as mulheres precisam ficar em casa pra cuidar da casa e dos filhos ainda é predominante. Porque homens que cuidam do próprio corpo ou da própria casa ainda são chamados de viadinhos. Porque homens que decidem ser bailarinos ou cabeleireiros ou estilistas ainda são motivo de chacota.

A sociedade precisa de mais feminismo porque a maioria das pessoas ainda não entendeu que lugar de mulher não é no tanque, mas onde ela quiser estar. E lugar de homem não é na estiva, é onde ele quiser estar.

Eu espero que um dia o mundo perceba que a água potável está acabando, a poluição está destruindo a natureza e a atmosfera, e pare de se preocupar com a cor que uma pessoa escolhe como sua preferida ou o brinquedo que uma criança escolhe para brincar. Um mundo com menos “coisa de mulher” ou “coisa de homem” e mais “coisa de gente”.

Mas é aquilo, em terra de machistas, mulher que tem opinião é fancha.

Resenha: Morte Súbita (The Casual Vacancy)

Depois de muito me arrastar, eu finalmente terminei de ler o livro da J. K. Rowling, “Morte Súbita” (The Casual Vacancy, no original).

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E, gente, QUE HORROR.

Sério, nunca na minha vida um livro foi tão doloroso de ler. Eu me pergunto se foi, de fato, a mesma pessoa que escreveu esse livro quem criou todo o universo de Harry Potter porque na boa, não é possível!

Mas como diria Jack, o estripador: vamos por partes.

O livro tem cerca de 500 páginas e basicamente conta a história da pequenina e aparentemente idílica cidade de Pagford, no sudoeste da Inglaterra. Apos a morte repentina de um dos vereadores da cidade, começa uma serie de estratagemas e etc por parte dos moradores locais para escolher um substituto para o falecido. Mas não pode ser qualquer um. Tem que ser alguém que vá agir de acordo com os interesses da elite de Pagford. Interesses estes que são, basicamente, expurgar um conjunto habitacional que foi erguido nos arredores da cidade.

Com muitas referências ao abuso de drogas, prostituição, dramas familiares e bastante coisa sobre a religião Sikh, “Morte Súbita” dividiu a crítica Britânica e Norte-Americana. O grande lance é que o buzz gerado acerca do livro se deu basicamente por conta de sua autora. Eu me pergunto se o livro sequer seria publicado se tivesse sido escrito por um desconhecido.

O estilo de escrita da J.K. sempre foi o descritivo, mas nesse livro ela abusa desse artificio e o faz sem o menor cuidado. Ouso dizer que, sem as artimanhas descritivas, o livro não teria mais de 150 páginas. Se trata de uma historia desinteressante, personagens que não te dizem nada de relevante. Por que diabos eu me interessaria pelo futuro político de uma cidadezinha? Sem grandes surpresas no final e com um turning point extremamente fraco, “Morte Súbita” acabou se tornando um suplício e, seu fim, extremamente celebrado.

Mas é aquela velha historia, o que é de gosto, regalo da vida, certo? Sugiro que todos leiam se tiverem saco e me digam o que acharam. Mas por hora:

“Morte Súbita”: Eu usei e mão recomendaria nem para o meu pior inimigo.

Brasil, que vergonha!

Não vou dar bom dia porque falo logo que o dia no tá nada bom.

Acordar com uma notícia dessas é de deixar qualquer um P da vida:

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Em primeiro lugar, quero ressaltar que, o fato de eu não morar mais no Brasil, não significa que eu deixei de me informar e principalmente me preocupar (e me enojar) com o que acontece no meu país.

Pois bem, esse infeliz que foi escolhido como presidente da Comissão de Direitos Humanos do Brasil tinha que estar na cadeia.

Racista, homofóbico, oportunista e safado são os adjetivos mais simples que podem ser dados a este senhor.

Em 2011, através da sua conta no Twitter, esse pulha disse que os africanos são um povo amaldiçoado, dizendo inclusive que essa maldição é o que causa doenças como AIDIS e Ebola.

Alem disso, ainda no Twitter, disse que “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime e à rejeição”. Ou seja, SENTIMENTOS levam ao ódio, ao crime a a rejeição.

Ser um completo imbecil não leva a nada disso. Imagina…

Como deputado pelo PSC (Partido Social Cristão), ele usou a Câmara para tentar divulgar “tratamentos para a cura gay”.

Não faz o menor sentido que uma pessoa que prega o ódio e a intolerância, seja responsável por um cargo tão importante. Me digam, como será possível que esse senhor traga qualquer avanço no que diz respeito a direitos humanos para no Brasil, quando sua propria existência é um exemplo de retrocesso nesse sentido?

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Esse tipo de coisa muito me entristece. Esse cara e Bolsonaros da vida e Sarneys e etc, todos lá em cima, cheios de poder pra fazer o que bem entenderem com o Brasil me deixa muito enojada. E não adianta fazer abaixo assinado e campanha e passeata nem nada disso. Eles não estão nem ai, não ligam a mínima para o que o povo acha ou o que o povo quer.

Uma simples chuva de verão, que acontece TODO ANO NA MESMA ÉPOCA matou 4 pessoas e parou a cidade do Rio de Janeiro. E daqui a 4 anos os mesmos ativistas de Facebook que estão reclamando, vão pras urnas votar no Eduardo Paes de novo. Não entra na minha cabeça, um pais se preparando para 4 eventos gigantescos, apresentando esse tipo de notícia na mídia todos os dias. Pessoas morrendo por causa de enchente a gente vê no interior da Indonésia, pais sem a menor estrutura de porcaria nenhuma, não na cidade sede das próximas Olimpíadas e Para olimpíadas de verão. E principalmente, não por causa de um problema que já é conhecido e tem data e hora pra chegar todos os anos.

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De qualquer forma, esse post foi mais um desabafo mesmo. To triste, to com vergonha e sem saber explicar pra quem me pergunta, como é que a cidade olímpica para completamente por causa de um fenômeno que acontece todo ano e por que, no Brasil, um racista e homofóbico é responsável por direitos humanos, coisa que ele nem sabe de fato o que é.

Não vou nem puxar o assunto do Sarney ser presidente do Senado porque, né?

Boa sorte, Brasil.

Vida de Dieteira – Uma saga com começo, mas sem fim.

Ahhhhh dieta… Que delicia.

Olha a felicidade estampada no rosto.

Olha a felicidade estampada no rosto.

Só que não.

 

Sério, eu não conheço ninguém no planeta que goste de fazer dieta. Essa galerinha pró saúde que diz que nada é melhor que uma saladinha, tudo bullshit. Eu concordo que uma vez que você acostuma o seu corpo a comer comidas mais saudáveis, você acaba tendo um certo nojinho de comidas gordurosas demais, acaba até se sentindo meio mal depois de comer. Mas gente, convenhamos, num sábado à noite, uma bela pizza cortada à francesa com uma cerveja bem gelada? NADA SUPERA.

Pode vir nimim.

Pode vir nimim.

Hoje em dia eu tenho bebido muito menos por dois motivos: O primeiro, é a ressaca do dia seguinte. Muito ruim. O segundo é a quantidade absurda de calorias. Então eu penso que se for pra eu ingerir uma tonelada de calorias, eu prefiro comer um bolo de chocolate com glacé e brigadeiro e granulado, do que uma tulipa de chopp.

Não se assustem, eu continuo tomando meus porres e passando minhas vergonhas, mas de fato, engordar atoa também ninguém quer.

Cheers!

Cheers!

Minha luta contra a balança é bem antiga. Eu já fui muito, mas MUITO gorda mesmo. Depois de muita força de vontade, dieta, exercícios, eu posso dizer que hoje eu sou metade do que eu fui, mas ainda não estou satisfeita. E essa é a parte mais difícil. Porque quanto mais perto do seu peso ideal você está, mais difícil fica de perder peso.

E morando aqui a coisa fica ainda mais difícil pois tem cada comida linda e deliciosa! Os chillis e currys e fish and chips e as sobremeeeeeeksjhfklhfdakhfahljghlkjdfhgakjhfgkj.

Fish and Chipsjkhafldhfakgjhdflgjkhlkfjh.

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*respira*

Eu odeio fazer dieta, eu odeio fazer exercício. Eu ODEIO. Mas eu odeio ser gorda também então não tem muita saída.

Às vezes eu to tomando aquela sopinha sem graça no jantar e pensando no arroz com feijão, bife à milanesa e batata frita. Às vezes não… TODA VEZ.

Mas eu creio que isso tudo vai valer a pena quando eu chegar onde eu quero. Eu sei que num primeiro momento eu vou ter que perder mais do que eu quero pois quando eu me liberar certamente vou fazer aloka e comer que nem uma porca.

Uma coisa é certa, amiguinhos. Se vocês quiserem fazer dieta, pelamor, não rola ser muito doido e ficar totalmente sem comer ou fazer milhões de exercícios sem descanso. Isso só vai ferrar ainda mais com o seu corpitcho. Eu continuo devagar e sempre, mas sei que uma hora eu chego lá.

Quem quiser, eu deixo como dica o “Jillian Michaels 30 Days Shred”. Um programa de exercício muito bacana, que dura 30 dias. Vai do nível 1 ao nível 3, sendo cada nível feito por 10 dias seguidos. É muito tranquilinho de fazer e, somado a uma dieta balanceada, tenho certeza que geral vai conseguir perder aqueles quilinhos a mais.

Jillian, eu te amo.

Jillian, eu te amo.

E o principal: Ame-se. Se você não se ama como você é agora, você não vai se amar com 2, 5 ou 8 quilos a menos.

Beijos nas nádegas.

O Golden Globe da discórdia.

Ah, a prizes season. Uma das épocas mais divertidas do ano para mim. Eu adoro assistir às premiações, fazer comentários, chat, live blogging. Ganho um tanto de unfollow no Twitter mas eu não tô nem aí. Me divirto horrores! Começou no finalzinho de 2010 com o Boston, já teve o Critics e ontem foi dia de Golden Globe.

HFPA's Golden Globe Awards

E a época de premiações sempre gera uma série de discórdias. Quem deveria ter ganhado, que não merecia o prêmio e etc, mas isso acaba sendo mais uma questão de gosto e preferência do que de mérito em si no final das contas.

E a edição desse ano do Globo de Ouro foi uma das mais polêmicas dos últimos tempos. Consagrou um filme e uma série de TV gerando frisson e discussão. Na TV, tivemos a obvia vitória de Glee e no cinema a coroação de A Rede Social, e é aí que as MINHAS restrições começam.

Bom, mas vamos do começo né??

Chris Bale ganhou o prêmio de melhor ator coadjuvante pelo filme The Fighter. Eu tenho sérias restrições ao Chris Bale pois ele tem aquela boca cheia de dentes e aquela voz ridicula de Batman, mas eu não vi esse filme ainda então não posso falar nada. Nesse prêmio, minha torcida era do Michael Douglas por Wall Street. E alou? O que era aquela vibe jesus-george-harrison dele?? Fala sério…

Christian Bale

Em seguida rolou o prêmio de melhor atriz em série dramática, que foi para a Katey Sagal por Sons Of Anarchy. Nessa eu não tava ligando muito pra quem quer que fosse até porque eu não assisto nenhuma das séries em questão então… Bola pra frente.

Próxima categoria foi melhor mini-série ou filme pra TV. Também could not care less about this. Vencedor foi Carlos, produzido pela HBO. (como aliás, 99% de todas as produções que concorreram à esse Golden Globe)

Aí a coisa começou a ficar bacana porque foi anunciado o prêmio de melhor ator coadjuvante em série, mini-série ou filme pra TV e o vencedor foi o fofíssimo do Chris Colfer. O Kurt de Glee. Foi aí inclusive que os haters começaram a ficar P. da vida pois o brilho de Glee começava aí. A coisa mais fofa foi ele recebendo o prêmio, o pessoal da mesa de Glee super emocionado, a Lea Michelle chorando. Fofura sem fim. Além da fofura, o Chris fez um belíssimo discurso anti bully. Parabéns Chris!

Chris Colfer

Na categoria de melhor ator em série dramática não houve surpresa. O veterano Steve Buscemi levou o troféu por Boardwalk Empire. É lógico que eu torcia pelo Hugh Laurie mas né? Ele já é o único ator na história a levar duas vezes esse prêmio. Levar uma terceira vez é quase impossível. E vamos combinar que a atual temporada de House tá bem marromeno… Houve discórdia aí não pelo meu gosto, mas os críticos e amantes de séries davam o prêmio para o Michael C. Hall por Dexter.

Em seguida para fechar a parte de série dramática, o prêmio de melhor série foi entregue – também sem surpresas, para a própria Boardwalk Empire. Nessa eu torcia para The Walking Dead e nessa a discordia continuou por causa de Dexter. Muita revolta no ar.

Steve Buscemi

Próxima categoria: Canção original. Eu juro que eu achava que quem levaria seria a música do filme Country Strong então acabei me surpreendendo positivamente quando foi anunciado o prêmio para uma das canções de Burlesque (que concorria ao prêmio com duas músicas). A canção vencedora foi You Haven’t Seen The Last Of Me, interpretada pela Cher.

E é aí que eu começo a fomentar o ódio dentro do meu corpinho. Próximo prêmio: Melhor Trilha Sonora. Os indicados: 127 Horas, O Discurso do Rei, Alice no País das Maravilhas, A Rede Social e A Origem.
Tipo, lógico que vai ser Alice ou A Origem porque né? Come on, é Danny Elfman… Ops, pera aí… O vencedor foi A REDE SOCIAL. Gente, A REDE SOCIAL!!!!! Venceu Alice e venceu A Origem, ambos filmem com a trilha sonora ABSURDA!!! Eu tenho seriissimas restrições  ao filme A Rede Social, mas ganhar melhor trilha sonora é sacanagem!! ODIEI.

O compositor Trent Reznor de A Rede Social

O prêmio de Melhor Animação foi pra Toy Story 3. Fiquei muito satisfeita pois Toy Story é, de fato, uma grande franquia. Detalhe: O que era o Justin Bieber apresentando esse prêmio? O que eram aqueles óculos roxos que ele usava no Red Carpet? Alguém isola esse moleque pelo amor de Deus!! Foi LINDO quando o Lee Unkrich foi receber o prêmio e perguntou: Por acaso você estava vivo quando o 1o Tou Story foi lançado? OWNED!

Em seguida rolou o prêmio de melhor atriz de cinema musical ou comédia e honestamente qualquer uma que ganhasse seria um bom par de mãos para receber o prêmio. Todas excelentes atrizes com excelentes papéis. Mas dessa vez, Annette Bening estava com mais sorte e levou o troféu pra casa por The Kids Are All Right. Excelente filme por sinal. Ela foi muito fofa em seu discurso, dedicando-o quase todo para sua colega de elenco Julianne Moore, que também era indicada por seu papel no filme.

Annette Bening

Próximos prêmios: Melhor ator e melhor atriz em mini-série ou filme pra TV. Os vencedores foram Al Pacino por You Don’t Know Jack e Claire Danes por Temple Grandin. Sobre o Al Pacino não tem nem o que falar né? Ele tem que ganhar qualquer prêmio para o qual for indicado porque né? Agora a Claire Danes recebeu seu 2o Globo de Ouro seguido. Eu acho ela tão sem graçinha… Mas ao que tudo indica, ela é uma boa atriz. Vou prestar mais atenção daqui pra frente…

 

Al Pacino e Claire Danes

O próximo prêmio foi melhor roteiro e mais uma vez o sangue me subiu à cabeça quando A Rede Social foi anunciado como vencedor. Assim, eu não fiquei com mais raiva porque o prêmio de roteiro ok, é um prêmio difícil de ser julgado assim do nada então é passível de qualquer filme ganhar, mas gente, mais uma vez eu reflito… Ele concorria, dentre outros, com The Kids Are All Right e A Origem. E eu assisti aos três filmes. E os outros dois dão assim… De chinelada n’A Rede Social. Cadê om bom senso meu Deus??

Fiquei mais feliz no prêmio seguinte, de melhor atriz coadjuvante em série, mini-série ou filme pra TV que foi entregue à fabulosíssima Jane Lynch por seu papel como Sue Silvester em Glee. E nesse caso, queridos amigos haters, até vocês têm que se curvar porque a Jane Lynch é uma atriz magnífica e mesmo aqueles que não curtem a série devem admitir que ela faz seu papel MUITO bem feito. Festa na mesa de Glee. Parabéns para Jane.

 

Jane Lynch

O Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro foi para In a Better World da Dinamarca, mas minha torcida estava com Biutiful do México, afinal, não de pode ignorar Javier Barden.

Os prêmios seguintes foram de melhor ator e melhor atriz em série musical ou de comédia. Tudo conforme o esperado, Laura Liney levou o prêmio por seu papel em The Big C e Jim Parsons por Sheldon de The Big Bang Theory. Fiquei muito feliz pelo prêmio do Jim que é mais do que super merecido. Aliás, foi muito fofa a hora da entrega. O Matt Bomer (ai… ai….) e a Kaley Cuoco que apresentaram o prêmio de melhor ator, então a Kaley ficou surpresa e emocionada fo real quando anunciou que o prêmio ia para o Jim. Muito fofo. (A Kaley interpreta a Penny em TBBT.) Adoro prêmios merecidos.

Jim Parsons

Jim Parsons

Os dois prêmios seguintes me irritaram um tanto!!!!! Melhor atriz coadjuvante em cinema e melhor diretor. Nas duas categorias tinha Black Swan concorrendo. Mila Kunis e Darren Arronofsky. E me ganha a Melissa Leo por The Fighter e o David Fincher por A Rede Social. Eu só não fiquei mais P da vida pq o Fincher é sim um excelente diretor, mas gente, em melhor atriz coadjuvante, antes fosse a Amy Adams que também concorria por The Fighter… Ai que ódio!!!!

Mas o ódio passou logo quando foi anunciada a série vencedora em melhor série de comédia ou musical. E como favorita, Glee subiu ao palco lotando o pequeno espaço, mostrando que a série veio pra ficar. Fiquei realmente muito feliz porque eu gosto muito da série. Foi triste a forma que os haters se comportarem. Reclamando, fazendo mimimi. Galera, Glee é muito bacana, deal with it!!!!

 

Cast e crew de Glee.

A partir daí a premiação começou a se encaminhar pro final, começando a apresentar os prêmios tidos como os mais importantes da noite.

Começando com melhor ator de cinema para musical ou comédia. Johnny Depp concorria com dois personagens a esse prêmio; por Alice e O Turista, mas supreendentemente ele foi dado ao Paul Giamatti pelo seu papel em Barney’s Version. Eu não assisti à esse filme mas honestamente acho difícil algum ator ser melhor que o Johnny Depp, mas fazer o que né?

 

Paul Giamatti

Aí veio, na minha opinião, o melhor momento da noite! Prêmio de melhor atriz de cinema dramático. Tá certo que ela já era a grande favorita, mas gente, eu fiquei TÃO FELIZ pela vitória da Natalie Portman!!! Cara, na boa, ASSISTAM BLACK SWAN. O filme é beyond awesome, é muito bom MESMO. E a Natalie mostrou mais uma vez a excelente atriz que é. Bati palma e me empolguei aqui como se eu que tivesse ganhado o prêmio! Ela merece muito mesmo e agora é rumo ao Oscar! (com uma passadinha no Screen na próximo dia 30) O discurso dela foi muito fofo, ela agradeceu à Mila Kunis, ao Vincent e todo o cast e crew. Linda demais e talentosa demais. Merecido, parabéns!!

 

Natalie Portman

E sim, a foto da Natalie é a maior de todas! =P

O prêmio de melhor filme de comédia ou musical foi entregue para The Kids Are All Right, e foi extremamente merecido também. Excelente filme com um elenco de tirar o fôlego. Se você ainda não assistiu esse é o momento de correr atrás do prejuízo pois vale muito à pena. Adorei a escolha! E tem o Mark Ruffalo!! ❤

 

Cast e crew de The Kids Are All right

Para fechar a noite, Colin Fitrh subiu ao palco para receber o prêmio de melhor ator de cinema dramático, mais uma vez hiper merecido. Colin é um ator que entra no sai ano melhor cada vez mais. Merece cada prêmio que é indicado.

E o último prêmio foi entregue para os produtores e elenco de A Rede Social, vencedor da principal categoria que é a de melhor filme dramático.

 

Produtores de A Rede Social

Eu não sou crítica ou mega entendida de cinema mas tenho bom senso, sei ver o que é bom e o que é ruim. E sei apreciar tanto o que é bom como o que é ruim. A Rede Social é sim um excelente filme, mas eu me pergunto o seguinte: Para um filme ser considerado O MELHOR de todos, tem que haver um conjunto que gere coerência para essa escolha, certo? Como pode um filme ser considerado o melhor filme sem receber um prêmio sequer nas categorias de atuação? Pois ao meu ver, a atuação é a maior parte do filme. Se você tiver bons produtores, bons diretores, bons roteristas, e um elenco de bosta, seu filme não vai ser bom. E eu não estou dizendo que os atores de A Rede Social são ruins, pois eles não são. Eu estou dizendo que no conjunto de quesitos que tornam um filme o melhor, eu não acho que a escolha de A Rede Social tenha sido uma escolha coerente. Acho sim que deveria ter ido ou pra Black Swan ou pra A Origem (que inclusive achei um absurdo não ter ganhado prêmio algum).
Será que o Zuckerberg mandou comprar a parada toda?

Fica a reflexão.

Agora, rumo ao Academy Awards!!!